terça-feira, 19 de junho de 2018

A cidade do sol - Khaled Rosseini

Mas será possível que esse homem só saiba escrever livros pra desgraçar a cabeça da gente?

É um tiro no coração em cada página!! Eu li em pdf (atualmente só leio em pdf) mas a capa é essa:

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Esse também segue a linha de o caçador de pipas, porém, enquanto o das pipas mostra o horror a guerra para as crianças, esse nos apresenta o ponto de vista feminino.

Como as mulheres sofrem no Afeganistão e países com a mesma cultura! Discriminação, violência, mais violência, são constantemente diminuídas, e escondidas como se fossem propriedades dos homens.

Antes da resenha, vai o nosso selo de advertência, que acho que neste blog só será usado pras postagens deste autor:

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A história fala de Marian, de 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, seu pai biológico e que deveria cuidar dela, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos, porco, sujo, grosso e estúpido. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos.Claro que deu tudo errado pra ela, como só Khaled Rosseini sabe escrever.

Aí tem a pequena Laila, de 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: “Você pode ser tudo o que quiser.” Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Óbvio que ela vai chorar lágrimas de sangue no decorrer do livro, você já abra o livro sabendo que lá vem miséria.

O destino une Mariam e Laila e aí vemos uma história de amizade tão grande em meio ao caos e às perdas causadas pela guerra e pela violência do marido de ambas, que a impressão que dá é que a amizade delas é uma vela acesa em meio ao breu.

Mas sabem né, eu tenho um pézinho no drama, então recomendo fortemente!

Boa leitura!

Eu, Christiane F, 13 anos, drogada e prostituída - Kai Hermann

Esse livro surgiu de uma entrevista que ela concedeu aos quinze anos. Basicamente conta com detalhes e fotos originais como era a vida da juventude de Berlim na década de 70, e como particularmente um jovem comum é inserido no mundo das drogas, e quais as consequências disso.

 A edição que eu li é essa:



Não sei como veio parar na minha casa, minha mãe não deixava, mas eu eventualmente li escondido, e acho que todo pré-adolescente deveria ler com seus pais, ou professores, para que dele seja extraído um debate saudável.

Contém fotos, inclusive de corpos dos amigos dela, encontrados em overdose em banheiros públicos sujos ao longo do livro,então vai com calma você aí que tem o estômago fraco.

Boa leitura!

O guia do mochileiro das galaxias - Douglas Adams

Esse mês tivemos comemoração do dia da toalha¹ e acabei lembrando desse livro que li quando adolescente, e acabei não dando continuidade (é uma serie, com 5 livros)...

Essa foi a edição que eu li:

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Mas pessoalmente, prefiro a capa que tem um aviso bem grande escrito "não entre em pânico".

A história começa numa manhã em que Arthur acorda e tem uma equipe da prefeitura pronta a demolir sua casa pra que seja construida uma estrada. Porém por um erro de funcionario, o morador não foi notificado da obra, então ele deita no chão pra impedir a demolição.

Estamos nesse impasse quando seu amigo Ford Prefect aparece, e o chama com urgência pro bar. Arthur realmente iria precisar de uma bebida, já que em alguns poucos minutos o planeta seria demolido por naves espaciais do planeta Vogon, logo, a demolição de sua casa não teria a menor importancia em alguns instantes.

Resumindo pra não dar spoilers, Arthur, e uma outra garota que esqueci o nome, conseguem escapar da extinção, se escondendo nas naves dos Vogons, e aí começa a saga dos nossos amigos, em aventuras pelas várias galáxias, a bordo da nave das improbabilidades.

A narração do autor é muito boa, com altas doses de ironia, sarcasmo, e aquele humor inteligente que todo nerd gosta. O tempo todo demonstrando que a Terra era um planetinha insignificante, a despeito de seus moradores que pensam que são o centro do universo. É muito bom!!!

Estou lendo a segunda parte, o restaurante do fim do universo, e logo volto pra contar o que achei!!!

1- Dia da toalha, é o dia que os fãs da saga homenageiam o autor, que escreveu uma pagina inteira do guia somente pra exaltar a utilidade de uma toalha de banho para um mochileiro


Até mais, e obrigada pelos peixes! 

segunda-feira, 12 de março de 2018

Serie Hades Hangman - Tillie Collie

Vocês sabem que sou mais clássica nas minhas leituras e não curto um romance de banca, mas minha prima insistiu muito e eu li essa série inteira com ela (que só existe em pdf, no momento), afinal não posso criticar algo que não li, certo?



Posso dizer que atende a todos os clichês de um romance hot de banca, com cenas de sexo com aquele palavreado peculiar, que vc só encontra nesses livros (como por exemplo, "meu núcleo" que quer dizer a ppk da moça). Massss a despeito disso, a historia é interessante. Pois as mocinhas todas de cada volume foram resgatadas de um culto, daqueles à là Charles Manson, por motoqueiros musculosos e lindos (inclusive sigo o instagram de um modelo que fez uma dessas capas, meu sonho na vida kkkk)

Então posso dizer que sugiro, se você gostar do gênero. Mas com moderação.... As traduções são feitas por fãs, nem sempre seguem a norma culta, então pode ser uma experiência.... sei lá, diferente.


 Malfeito, feito!

sábado, 10 de fevereiro de 2018

O caçador de pipas - Khaled Rosseini

Hoje eu lembrei desse blog, e vi que precisava urgentemente atualizar... E aí pensei: "Qual livro?"

Caçador de pipas veio na minha mente pq eu estou preparando terreno pra outro livro do mesmo autor que li recentemente, então vamos começar pelo mais famoso dele.

A edição que li foi essa, emprestada da irmã do meu segundo namoradinho da vida, hehehe êÊÊêÊêÊ nostalgia:




Mas antes de começar a falar sobre ele, vai o alerta:






Dado o aviso, sugiro que abra o livro devagar, com calma, e se conseguir, leia somente duas paginas por vez, pra não terminar precisando de terapia para lidar com problemas que você não pode resolver. Mesmo porque, você precisa de intervalos pra conseguir digerir o que leu.

Sinopse: Amir, um afegão há muito imigrado para os Estados Unidos, se vê obrigado a acertar as contas com o passado e retornar a seu país de origem. O ponto de partida do livro é a infância do protagonista, quando Cabul ainda não era a capital do país que foi invadido pela União Soviética, dominado pelos talibãs e subjugado pelos Estados Unidos.

Minhas considerações: Conta tooooda a infancia dele ao lado de um menino chamado Hassan, filho dos empregados, que apesar de ser como um irmão pra ele, é tratado como serviçal quando estão na frente de estranhos.
O livro fala de abuso infantil, trabalho escravo, venda de crianças, estupro, e perdão. Não vou mentir, se você tiver um mínimo de coração, vai sair de cada capitulo chorando muito.

Eu não sou de chorar, quem me conhece sabe. Mas lendo esse livro, e tendo a consciencia que não é totalmente ficção, não dá pra evitar, O autor é como o seu personagem: morador do Afeganistão e expulso de seu país pela guerra, então meio que a gente sabe que ele esta descrevendo algumas cenas reais, em determinados momentos. Sabemos a situação política nesses países e sabemos como a população sofre com a guerra, sobretudo as crianças.

Mas então por que estou recomendando a vocês? (Devem estar se perguntando)

Porque meus filhos, ou amigos que estão lendo, esse livro no fim das contas nos mostra que sempre podemos receber perdão, e consertar as coisas. Que nunca é tarde para estender a mão para quem você um dia abandonou.

Além disso, é sempre bom abrir os olhos para outras realidades que não as nossas, pra que gente como nós, classe media, sentados no sofá vendo Netflix, possamos agradecer por cada coisa que nos cerca, cada peça de roupa, cada familiar que está do nosso lado, dar graças por poder andar na rua sem correr o risco de pisar numa mina terrestre e perder um braço e uma perna.

Boa leitura!

Contos extraordinários - Edgar Allan Poe

Vocês irão encontrar inúmeras edições com as melhores histórias de Edgar Allan Poe.

Mas sugiro que comecem com alguma edição que contenha o conto "o gato negro". Um dos melhores contos dele, e com esse conto eu me apaixonei por esse louco!

Sobre o autor: ficou órfão muito cedo, então foi adotado por uma família que deu a ele uma ótima educação, mais tarde foi para a universidade e passou a viver com os rendimentos de sua escrita, publicando seus contos e poemas em periódicos. Como nem sempre havia lucro, foi morar com uma tia, casou - se com a prima de 13 anos que em seguida morreu de tuberculose. Aí a coisa desandou. Ele passou a beber e usar drogas, e a bebida o arrastou pro buraco. Foi encontrado semi consciente numa sarjeta, mas faleceu ao chegar no hospital. Triste não é? Mas deixou um legado intenso e rico, sou grata por ele ter existido e décadas depois eu poder ver o que ele pensou, e escreveu.

Eu já li tudo o que ele publicou e que o Google nos disponibilizou, e é muita coisa, realmente não poderia jamais falar sobre tudo (demorei anos para encontrar e ler tudo, alguns tive que ler mais de uma vez, pela complexidade do vocabulário, mas não se deixem intimidar , vale muito a pena). Então vou colocar aqui os contos que mais me impressionaram, e com uma rápida googlada, dá pra encontrar e ler:

O gato negro - pra mim, esse fala de remorso causado pela bebida, a famosa ressaca! O narrador se casa com uma mulher e com ela compartilha o amor pelos animais. Mas com o tempo e a bebida, se torna violento, chega em casa, e tortura o gato, depois o mata. Pra não contar o final, a culpa o atormenta, e ele acaba facilitando para que seja descoberto e preso.

O coração denunciador - o narrador ao que me pareceu, era cuidador de idosos, e o idoso que ele cuidava tinha catarata. Ele começou a adquirir aversão ao olho do senhor, e o mata. Mas não aguenta a culpa e grita em praça pública o crime, assumindo a autoria.

Berenice - o narrador apaixonado pela prima, tem uma atração irresistível pelos dentes dela, que no apogeu de sua doença, são a única parte de seu corpo que não perdeu o viço.

Os crimes da rua Morgue - detetive Dupont, precursor do Sherlock Holmes, investiga dois assassinatos nessa rua, e o desfecho é assustador!

A queda da casa de Usher - tem medo de ser enterrado vivo? Poe fez duas histórias sobre isso, essa é uma delas.

O caso do Sr. Valdemar- neste, acompanhamos uma espécie de hipnose com um moribundo, que mesmo após padecer, continua respondendo aos estímulos do cientista/médico. Esse conto é muito, muito foda! Um dos melhores, super bizarro!

O barril de amontillado - esse é um dos poucos que achei engraçado, cheguei a rir até! (Seria eu tão vingativa quanto ele?) O caso é que o narrador foi humilhado por um "amigo" em público,e resolveu se vingar, trancando o amigo dentro de sua própria vaidade cheia de salitre (e matando ele de pneumonia kkkk)

Annabel Lee - romanticamente gótico! Quase nos apaixonamos por Annabel, e queremos deitar todos os dias sobre sua tumba junto com ele!

Leonor - "Sou oriundo duma raça caracterizada pelo vigor da fantasia e pelo
ardor da paixão.
Os homens chamaram-me louco; mas ainda não está resolvido o
problema – se a loucura é ou não a suprema inteligência – se muito do que
é glorioso – se tudo o que é profundo – não tem a sua origem numa doença
do pensamento – em modalidades do espírito exaltadas a custa das
faculdades gerais. Aqueles que sonham de dia sabem muitas coisas que
escapam àqueles que somente de noite sonham. Nas suas vagas visões
obtêm relances de eternidade e, quando despertam, estremecem ao verem
que estiveram mesmo à beira do grande segredo"
Com essa introdução, meu amigo... Já pode parar de ler, matou a pau!
Recomendo fortemente todos eles!